sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A música como máquina do tempo.

Essa semana voltei a fazer algo que não fazia há uns 5 anos: ouvir todos os meus cd's, em ordem alfabética. Ainda estou na letra 'B', mas já começo a sentir os efeitos dessa experiência há muito abandonada, o principal efeito? Nostalgia.

Hoje vim trabalhar ouvindo "Blur: The Best of" álbum lançado em 2000, há apenas nove anos atrás. E quanta coisa aconteceu em nove anos! Alguns dos meus melhores amigos (principalmente os amigos que me vêm em mente quando ouço Blur) foram embora, eu entrei (e ainda não sai) na universidade, namorei, fiquei solteiro, me apaixonei, deixei gente apaixonada pelo caminho, conheci pessoas novas. Pessoas que nunca ouviram Blur comigo de madrugada, pessoas que nem conhecem Blur. Ouvir as músicas que ouvíamos juntos, madrugada adentro, me transporta automaticamente para uma época em que, olhando pelo prisma de hoje, as coisas pareciam muito mais simples. O futuro nos reservava tudo e um pouco mais. Não que eu esteja no fim da vida, longe disso. No entanto não tem como não ter endurecido um pouco nestes nove anos, ter se tornado um pouquinho mais pragmático. E é por isso que é tão maravilhoso ouvir músicas que nos levam a outra época de nossas vidas. Nos faz lembrar que a vida pode e deve ser muito bem vivida.