terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Quem disse que uma andorinha só não faz verão?



    Toda vez que vejo o vídeo acima, me dá um arrepio. É incrível como um único cara consegue contagiar uma festa inteira, e o mais incrível é que foi ele mesmo, não foi a música nem nada mais. Tudo bem, talvez as drogas. Mas o que importa é que esta situação ilustra um caso de "comportamento de manada" muito claro. Nós seres humanos, tão racionais, tão superiores aos outros animais, nos julgamos acima desses comportamentos instintivos presentes em quase todos os animais. No entanto nós somos, muitas vezes, mais até do que percebemos, guiados por nossos instintos primitivos.
    Eu gostaria que todas as vezes que homens modernos apresentassem este comportamento de manada (onde um grande grupo começa a agir, guiado por um único indivíduo ou por um pequeno grupo) fossem tão divertidos quanto este, mas não são. Outro exemplo recente deste tipo de comportamento é o caso do micro-vestido da Geisy Arruda na Uniban. Aqui, fiquei indignado com a hipocrisia, com o machismo e falso puritanismo daquela turba que parecia estar prestes a lincha-la. Foi inacreditável ver homens e mulheres, não muito diferentes da própria Geisy, muitas meninas que gritavam, tenho certeza que tinham vestidos parecidos em casa. Muitos dos idiotas que gritavam para "estrupar ela" estavam realmente pensando em fazer isso. E no momento em que atirassem a primeira pedra, seria impossível parar.
    Além deste mau exemplo, temos outros como o nazismo, os linchamentos de bandidos, os apedrejamentos nos países árabes, o caso das bruxas de Salém, o dia em que a Talita queria sair correndo do shopping junto com uma galera (mesmo sem saber por que todos corriam) etc. Portanto pessoal, tentem não ser Maria-vai-com-as-outras. As "outras" podem estar levando você para o mau caminho. Tomem cuidado até mesmo com flash mobs, vocês podem estar indo para o caminho do ridículo.
    E eu espero que sábado tenha um doido desse pra animar a festa caso ela fique "xoxa".

Mais informações:
Excelente reportagem sobre o caso Geisy na revista Istoé.
Post no NãoSalvo sobre flash mobs.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A arte de ganhar uma discussão sem ter razão

    Hoje no ônibus, presenciei uma cena inusitada. A cobradora começou uma discussão com uma garota, por desconfiar que a carteira de meia passagem que a garota usava não fosse dela. A garota se recusou a mostrar a carteira dizendo que a cobradora não tinha autoridade para fazer aquilo e que o único trabalho dela era apertar o botão que liberava a roleta. Os ânimos esquentaram, a cobradora pediu para o motorista parar na delegacia para que alguém averiguasse a carteira da moça. Esta por sua vez disse que talvez, e que apenas talvez, mostraria a carteira para alguma autoridade policial.
    Como o motorista decidiu não parar na delegacia, por falta de tempo a estória ficou por isso mesmo. A referida moça veio se acomodar ao meu lado, perto da saída e conversava baixinho com o seu amigo. Eu que não sou surdo, ouvi o diálogo dos dois, no qual ela, além de confessar que a carteira de meia passagem não era dela, se vangloriava de ter humilhado a cobradora e que essa estratégia sempre funciona.
    Isso me chamou a atenção para o fato de ela não ser a única que faz isso. Pensei melhor e percebi que muitas pessoas, inclusive minha mãe fazem isso. Discutem sem ter razão, sabendo que não tem razão e às vezes sem ter a menor idéia do que se trata a discussão, no entanto expõem seu ponto de vista com tanta veemência que acabam se dando bem. Esse é o método Eric Cartman de ganhar uma discussão. Odeio isso.
    Isso me lembrou de um vídeo, assistam e me digam se a pessoa tem razão.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A maldição do celular que toca música.

Maldito seja o cara que achou que seria uma boa ideia equipar celular com leitor de MP3 e auto-falante. Mas peraí, essas são realmente boas ideias, afinal é ótimo reunir num único aparelho, mp3 player e celuar com viva-voz. Por que então eu tenho raiva desses dois recursos dos novos celulares? Já sei. Eu odeio esses dois recursos por que as pessoas simplesmente não sabem usá-los. Ou melhor, elas sabem usá-los, e os usam a toda hora e em qualquer lugar!

Vocês já tentaram ler em um ônibus em movimento, andando por uma rua que não é exatamente um tapete, sendo que o motorista pensa que lá dentro tem algum olheiro da Ferrari procurando um subistituto para o Felipe Massa? Por si só essa atividade já não é das mais confortáveis, mas ela pode se tornar simplesmente impraticável quando o corno que vai sentado na sua frente resolve ligar a porra da caixa de som do maldito celular dele para ouvir a merda que ele chama de música. Acho que ninguém explicou pra ele pra que serve um fone de ouvido. Ninguém também se deu ao trabalho de tentar colocar dentro daquela mente pequena os conceitos de respeito ao sossego alheio, privacidade e gosto musical. E com certeza nunca ninguém teve coragem de dizer para ele que a música que ele ouve só é legal pra ele e que ninguém é obrigado a ouvir o que não quer.

Eu acordo todo dia as seis da manhã e passo uma hora dentro de dois coletivos para chegar ao meu trabalho. Essa hora é uma das poucas que tenho para por minhas leituras em dia. O fato é que na última semana, não consegui ler nada em pelo menos dois dias já que tinha algum animal com merda do celular tocando tecno-brega no seu auto-falante. Esses caras nunca perceberam que o som que sai desses auto-falantes é uma merda? O som é agudo demais, incomoda minha alma! Bom, de acordo com o tipo de música que eles ouvem eu devo deduzir que o ouvido deles não é lá essas coisas mesmo.

Acho que vou comprar uns fones baratinhos, como aqueles da TAM e presentear toda vez que tiver um filho de puta ouvindo música no celular. Ou então vou surtar e ter meu dia de fúria...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A música como máquina do tempo.

Essa semana voltei a fazer algo que não fazia há uns 5 anos: ouvir todos os meus cd's, em ordem alfabética. Ainda estou na letra 'B', mas já começo a sentir os efeitos dessa experiência há muito abandonada, o principal efeito? Nostalgia.

Hoje vim trabalhar ouvindo "Blur: The Best of" álbum lançado em 2000, há apenas nove anos atrás. E quanta coisa aconteceu em nove anos! Alguns dos meus melhores amigos (principalmente os amigos que me vêm em mente quando ouço Blur) foram embora, eu entrei (e ainda não sai) na universidade, namorei, fiquei solteiro, me apaixonei, deixei gente apaixonada pelo caminho, conheci pessoas novas. Pessoas que nunca ouviram Blur comigo de madrugada, pessoas que nem conhecem Blur. Ouvir as músicas que ouvíamos juntos, madrugada adentro, me transporta automaticamente para uma época em que, olhando pelo prisma de hoje, as coisas pareciam muito mais simples. O futuro nos reservava tudo e um pouco mais. Não que eu esteja no fim da vida, longe disso. No entanto não tem como não ter endurecido um pouco nestes nove anos, ter se tornado um pouquinho mais pragmático. E é por isso que é tão maravilhoso ouvir músicas que nos levam a outra época de nossas vidas. Nos faz lembrar que a vida pode e deve ser muito bem vivida.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Uma coisa que me faz ter vergonha de ser amapaense.


A lista é grande, mas hoje vou falar dessa que talvez seja a coisa mais vergonhosa com relação ao meu estado natal: José Sarney.

Essa figura dispensa apresentações. Sempre foi um sanguessuga sedento de poder. Apoiando quem quer que seja para permanecer em alguma posição privilegiada em Brasília. Quando acabou o seu mandato como presidente, mandato este o qual ele nem foi eleito para cumprir, a solução que ele achou para se manter no poder foi concorrer a uma vaga de senador pelo recém-criado estado do Amapá. Fica um pergunta: por que diabos esse senhor não foi disputar essa vaga pelo seu estado natal, o Maranhão? Dúvidas a parte, o importante é que ele foi o mais votado, ganhando o mandato de oito anos. Isso foi em 1990. Ele ganhou os pleitos de 1998 e o de 2006 também. Sempre como o mais votado. Em 2006 até parecia que ele ia perder, havia uma movimentação popular muito grande contra ele, a esquerda amapaense, o movimento estudantil e as pessoas mais iluminadas faziam campanha contra ele, mas tudo foi em vão.

Agora ele é presidente do Senado. Recentemente me fez sentir uma tristeza tremenda ao fazer com que o Presidente Lula desse uma abafada no caso da farra das passagens dizendo após uma conversa com Sarney e Temer (ambos do PMDB) que não achava um crime um deputado dar uma passagem a um líder sindical, ou a sua esposa. Isso é o que Lula tem que se sujeitar, ele que era um ferrenho opositor destes caciques, agora tem que dançar a valsa com eles se quiser eleger um candidato petista ano que vem.

As constantes vitória dele nas disputas ao senado só me fazem ter certeza de que eu nunca poderei duvidar da burrice do povo. Ainda mais do povo do Amapá.

Olha o que o Marcelo Tas escreveu sobre o assunto:
Post 1
Post 2

terça-feira, 17 de março de 2009

Eu e o Radiohead


O ano era 1997. Em uma madrugada ouvindo a rádio Transamérica em Macapá eu os ouvi pela primeira vez. A música era Creep. Usando todo o poder da minha conexão de 56 kbps superestável (com hífen?) eu consegui baixar a música na mesma noite. What the hell am I doing here? Eu nem era um adolescente problemático, mas aquelas palavras pareciam que eram minhas. E a música? Perfeita, peso e leveza misturadas numa melodia maravilhosa. O Radiohead tinha ganhado mais um fã. Um fã que morava no cu do mundo e não conseguiu comprar nenhum cd nas lojas. Pouco tempo depois veio a propaganda do Carlinhos. E melhor ainda. Pouco tempo depois eu vim morar pra Belém. O primeiro CD que eu comprei aqui foi o Ok Computer. Por R$24,90 eu tive a melhor experiência musical da minha vida. Chorar, sóbrio ouvindo Exit Music é uma das melhores lembranças que eu tenho dos meus primeiros dias em Belém. Não era um choro de tristeza, nem de saudade. Era a simples contemplação de uma obra prima. Ouvir Let Down logo após então! Que coisa boa. Fui fazer isso bêbado um dia desses. Quase morro do coração. Desde que começaram a especular a passagem deles aqui pelo Brasil, eu vinha fazendo planos para o que fazer. O meu plano Z incluía até a prostituição. Ainda bem que não foi preciso, o plano A está sendo mais do que suficiente.

Dia 22 de março será um dia histórico. Se o mundo acabar logo em seguida eu sei que estarei feliz.

sexta-feira, 13 de março de 2009

As besteiras que nos chegam por e-mail.


Recebi essa foto engraçada ontem por e-mail. A legenda diz: "O daltônico Johnny ainda acha que pode resolver o cubo mágico em 14 segundos." Adoro humor negro. Rir das desgraças, nossas e alheias, é uma dádiva. Para onde iríamos se não conseguíssemos rir das adversidades da vida? Pro inferno? :D

Essa mensagem me foi enviada por um servidor público desocupado. O e-mail é o maior passatempo dos servidores públicos. É através de mensagens que congestionam os servidores diariamente, que eles ficam informados das fofocas de todas as repartições, das últimas notícias do BBB, nas novas modalidades de assalto, golpes, e vírus-de-computador-que-acabam-com-o-seu-disco-rígido-e-que-ninguém-tem-a-solução.

Lembro quando eu estagiava na UFPA, o tempo que as servidoras gastavam lendo, apreciando e depois enviando todos os e-mails engraçados, com fotos de crianças e animais, animações em ppt e piadas das mais variadas. Esses e-mails engraçados ao menos nos divertem, pior mesmo são aqueles que contam estórias mirabolantes e nos pedem para enviar para todos os nossos contatos, as famigeradas correntes. Como se a AOL (ou qualquer outra empresa) iria pagar 0,05 centavos por cada mensagem repassada! Quanta burrice...


Foto copiada de: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyLr86DPK5PP9X74BlFbwn77f92apTA0_Cja3fV3ss270tyN9IhgVhF4p4-fLjZVlShTYUBdXCQJj0PxdVOiNDisOi6Q_eqU09XHzVJFPGmq5U-N2IZY5A55TaYAJgQp_75tILuiwbj-8/s400/color-blind-rubiks.jpg

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O Google tem senso de humor.

Sorte de hoje: A pessoa que lê sua sorte perdeu a cabeça (e o emprego). Esperamos que você esteja com sorte.

Eu adoro essas sacadas do Google, me espoco de rir quando vejo algo assim.